Irresistible - Saudades ?



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Capítulo Vinte e Dois

 gemendo alto de prazer, jogando a cabeça para trás. 


- Chego amanhã de manhã. - Harry avisou, jogando a mochila no ombro e pegando as chaves.
- Pegue eles, campeão. - brinco e ganho um sorriso seu.

(...)

Assim que saí do escritório de Connor, Mellissa me ligou. Como sempre, querendo saber de tudo.
- Sorte a sua estar com Harry, e já não era sem tempo. Tive que vir visitar minha irmã, então não posso abusar do meu namorado, como você ... Harry é quente ?
- Como o inferno - respondo, sem conter meu sorriso.
Ouço o barulho de um galho se partindo atrás de mim. Alguém estava na trilha.
- Preciso desligar. - antes que ela pudesse protestar, desligo, mesmo sabendo que serei xingada mais tarde.
Quando olho para trás, não encontro ninguém. Apertei meus olhos, tentando enxergar através da noite. Mas eu tinha certeza de que havia alguém me seguindo. Eu senti um frio na espinha. Um par de olhos queimando sobre mim. Rasguei através das árvores até poder ver uma silhueta, atrás de um tronco grosso, envolta em sombras. Meu medo cresceu. Apertei o passo, praticamente correndo, pela trilha. E a pessoa começou a me acompanhar.
Trombei com um peito rígido e firme.
- Oi para você também, Alice. - Cam ironiza, segurando-me pelos cotovelos antes que caísse.
Comecei a ficar mais tranquila. Com Cam aqui, ninguém tentaria nada.
- Por onde você esteve ? - enrolo-o. Só esperar a pessoa se afastar para poder correr para o escritório de Connor.
- Em uma missão. Por que ? Sentiu saudades ?
Revirei os olhos e passei por ele. Cam segurou-me pelo cotovelo.
- Espera, não terminei.
- O quê ?
Antes que eu pudesse reagir, ele já estava esmagando-me contra a árvore. Meu rosto prensado no tronco, enquanto ele segurava meus cabelos para eu não me mover e imobilizava meu braço nas minhas costas.
- Tudo bem, Alice, eu senti saudades. Ainda me lembro de você naquele vestido branco.
- Mas que diabos você está fazendo ?
- Que tal conhecermos um amigo meu ? Ele está louco para te encontrar.
Aproveitei a distração da conversa para pisar com força em seu pé e acertar sua costela com meu cotovelo. Ele se curvou de dor, mas não soltou meu cabelo. Tive que chutá-lo na perna para me livrar. Corri freneticamente para a cabana, esperando encontrar alguém. Cam me alcançou, segurando-me pela cintura e acabamos caindo no chão. Ele sentou na minha barriga, imobilizando meus braços com suas pernas e tapando minha boca com a mão. Cam tirou algo do bolço que não vi o que era. Senti uma picada no pescoço, seguida de uma leve ardência. 
Ele estava me drogando.

(...)


Acordei meio desorientada. Minha visão estava desfocada. Tentei  me mexer, mas percebi que minhas mãos estavam amarradas, como meus tornozelos. Com um pouco de dificuldade, consegui sentar. Fiquei zonza, mas fiquei estável. 
- Finalmente. Estava começado a ficar entediado.
Não me surpreendi por ter ouvido a voz de Cam. Ele ficou na minha linha de visão e colocou meu cabelo para trás.
- Admito que fiquei surpresa. - disse.
Ele sorriu.
- Gostou do seu novo quarto ?
Olhei em volta, deparando-me com paredes de ferro e a cama velha em que estava. Mais nada. Nenhuma janela.
- Foi você que decorou ? É bem o seu estilo. - ironizei.
Cam sentou na beirada da cama e ficou mexendo no celular.
- Que lugar é esse ? - perguntei.
- Não se preocupe com isso.
- Por que eu estou aqui ?
- Você faz muitas perguntas. - resmungou.
- Vai responder alguma ?
- Não.
Urgh !
- Deveria ter percebido que você estava trabalhando com o Sr. Misterioso no dia da minha festa.
Cam guardou o celular no bolso traseiro e passou a me dar atenção.
- Em que momento exatamente ?
Então ele queria ouvir.
- Quando você me beijou.
Ele sorriu.
- Da primeira ou segunda vez ? 
Decidi fazer o jogo dele.
- Da segunda. Quando você disse que era o cara certo para mim.
Cam começou a tirar as cordas dos meus tornozelos.
- Ainda não mudei minha opinião. - murmurou.
- Você é muito confiante.
Cam tirou as cordas e acariciou a pele.
- Por que eu sei que sou o melhor.
Dei o meu melhor sorriso falso.
- Em tudo ?
Ele me pegou pelos tornozelos e puxou-me para baixo. Cam acabou no meio das minhas pernas, segurando minhas mãos sobre minha cabeça.
- Você quer tirar a prova ? - sussurrou em meu ouvido, descendo o nariz pelo meu pescoço. 
Ele começou a distribuir beijos pelo meu pescoço. Suspirei, fingindo gostar.
- Quero tocar em você - pedi.
Sangue frio, Alice.
Ele olhou-me desconfiado, mas desamarrou-me. Puxei seus cabelos, quando ele voltou  ao meu pescoço. Cam esmagou seus lábios nos meus.
Agora - pensei.
Desci minhas mãos, arranhando suas costas. Eu deveria ser cuidadosa ou ele perceberia. Apertei sua bunda, a que estava com o bolso vazio, antes de ir ao que estava com o celular. Consegui tirar o aparelho sem ele perceber. Com a mão vazia, tirei meu sapato e joguei na parede. Cam levantou em um pulo com o barulho. Aproveitei a distração para guardar o celular no sutiã.
- Desculpe, foi só o meu sapato. - Ofereci o meu melhor sorriso inocente.
Ele passou a mão pelos cabelos.
- Adoraria continuar, mas temos que ir.
Cam arrumou as roupas e fui pegar meus sapatos. Ele estava de costas e era minha chance. Segurei firme meu sapato e, rapidamente, bati com a meia pata em sua nuca. Antes que ele caísse no chão, segurei seu corpo, para não fazer barulho. Agradeci por estar usando botas de salto. A porta era destrancada com um cartão, que encontrei em um fundo falso de seu tênis. O guarda estava andando na direção oposta da minha, de costas. Consegui não fazer barulho quando ele virou na esquina e saí.

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Um comentário:

  1. MDS, eu nunca gostei de Cam msm, ele é um chato, continuaaaa pf pf :)

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