Irresistible - Possessivo



Capítulo Nove

Depois de um tempo, veio o sono profundo.

 Depois de remexer várias vezes na cama, percebi que não conseguiria dormir. Não com aquelas roupas. A renda da blusa pinicava e a saia ficava subindo, formando um bolo. Mellissa estava em um sono profundo e não acordaria tão fácil. Talvez a morena que estava com Harry já tenha ido embora e eu possa pegar uma roupa mais confortável no armário. Talvez eu nem precise acender a luz. 
Saí silenciosamente da cama. Mellissa resmungou algo inteligível e voltou a dormir profundamente. Abri um pouco a cortina. Já havia amanhecido. O sol aquecia, os pássaros soavam alto na floresta, empoleirados nas árvores, e as pessoas estavam saindo. Agora tenho mais chance da morena ter ido embora. Preferi não colocar sapatos, evitando fazer barulho. Fiz o possível para a porta não fazer nenhum rangido ao abrir.  Saí sorrateiramente. Só queria pegar logo a roupa e voltar a dormir.
- Precisa de ajuda ? - O som de uma voz grave fez eu me virar.
Cam estava apoiado na porta de um quarto. Os braços cruzados sobre o peito, cabelo bagunçado, descalço, os olhos negros fixos em mim ... sem camisa. Comecei a ficar preocupada com minha aparência. Se o cabelo estava bagunçado ou a roupa amaçada. Não tinha motivos para querer impressionar, mas também não queria estar de qualquer jeito. 
- Eu só vou até o quarto do Harry pegar uma roupa confortável e voltar a dormir.
Ele franziu a testa e parecia não saber como dar a notícia.
- Acho melhor não ... É que ... A Ângela ainda não foi embora ... e você sabe ... eu estava na sala e ela não passou então ... ainda deve estar lá ... - Gaguejou.
Ângela. Esse é o nome da morena da festa.
- Mas - ele continuou - se você precisa de uma roupa confortável, eu posso te dar uma minha. 
Ou era aceitar a roupa dele ou não conseguiria voltar a dormir. Até poderia, mas desconfortavelmente. E provavelmente ficaria com dor de cabeça e mal-humor.
Cam fitava-me enquanto eu pensava a respeito. Nunca tinha visto olhos mais negros que os dele. Era difícil distinguir a íris da pupila.
- OK.
Que mal tem em pegar emprestado ?
Ele indicou o quarto atrás dele com um aceno de cabeça. Fui até ele, porém hesitante. Cam abriu a porta e deixou que eu entrasse primeiro, ficando atrás de mim.
- Fiquei imaginando quando você viria aqui. - Disse em meu ouvido. A porta fechou com um clique.
Seus olhos sempre semi serrados davam a impressão de que ele sempre estava falando ou pensando coisas indecentes. E a última deixa não foi diferente. 
Ele entregou-me uma camisa branca. Troquei-me no banheiro, enquanto ele esperava do lado de fora. Coloquei a camisa, vendo como ela ficara um pouco acima dos joelhos e folgada. Não tinha como comparar meu corpo com o do Cam. Ele era puro músculo.
- Tem certeza que não quer algo mais quente ou mais comprido ? - Ele perguntou, quando saí do banheiro. Cam olhou para mim de cima a baixo, e comecei a achar que a camisa era transparente. Tinha certeza do rubor em meu rosto.
Eu fui até a porta do quarto, abotoando a parte superior da camisa. Ele abriu a porta para mim.
- Não tudo bem, estou com calor.
- Eu também. - Disse em meu ouvido, causando-me um arrepio.
- Tudo bem, Anjo ? - A voz de Harry causou-me um sobressalto. E faz Cam afastar a boca do meu ouvido.
Percebi que ainda estava abotoando os últimos botões e não sabia como Harry interpretaria a cena: eu saindo do quarto de Cam com a camisa dele, ainda abotoando, e ele com a boca em meu ouvido. Senti o rubor em eu rosto voltar com força.
- Tudo. 
- Podemos conversar ? - Ele preguntou-me, mas sem tirar os olhos de Cam.
- Eu estava voltando para o quarto de Mellissa ...
- Por favor. - Havia um tom de súplica escondido na voz dele.
Assenti e agradeci a Cam pela camisa.
Eu e Harry entramos no quarto dele. Ele fechou a porta e encostou-se na mesma.
- Algum problema ? - Perguntei, curiosa com o que ele queria falar comigo.
- Sim. Tem um problema. - Disse, em tom ríspido. - O que diabos você estava fazendo no quarto de Cam ?
- Eu precisava de uma roupa confortável para voltar a dormir e ele ofereceu-me uma emprestada. Por isso entrei no quarto.
- E você aceitou ? - Perguntou incrédulo 
- Eu ia vir aqui, mas ele me avisou que você estava com a Ângela. - Desabafei, tentando manter a rispidez longe da voz, mas sem muito sucesso.
Ele se encolheu e um leve rubor passou por seu rosto.
- Ela não passou a noite aqui.
- Sabe, não estou com vontade de ouvir nenhum detalhe. 
Tentei alcançar a maçaneta, mas ele segurou minha mão.
- Preciso te pedir desculpas - ele entrelaçou seus dedos nos meus. - Por ontem à noite. Não era para nada daquilo ter acontecido. - Ele parecia cansado.
- Tudo bem. Só espero que me avise da próxima vez. - Dei um sorriso tranquilizador a ele.
Realmente não havia motivos para ficar brava com Harry. Ele nunca me prometeu nada. Mas toda vez que dizia " Tudo bem ", não conseguia acreditar em mim mesma.
Tentando desviar do assunto e ao mesmo tempo sentindo vontade de poder voltar a dormir, desabei de costas na cama. Quando voltei meu olhar para Harry, ele observava-me por inteira. Senti-me nua.
- Você fica bem de camisa. - Ele disse, sorrindo de lado.
Peguei a barra da camisa e puxei mais para baixo.
- Está curta demais. - Observei.
- Por isso mesmo. - E seu sorriso alargou-se.
Tentei chutá-lo, mas ele desviou rindo.
- E a Ângela ? Você vai se encontrar com ela de novo ?
Ele franziu o rosto.
- De novo ? Acho que não.
- Por quê ?
- Foi só uma noite.
- Que cafajeste ! - Xinguei, mas sem conseguir conter o sorriso.
- Já fui chamado de coisas piores.
Fui até o armário e coloquei um short de pijama, para ficar mais confortável.
- Acho que não vou conseguir voltar a dormir. - Resmunguei.
Harry deitou na cama, escorando-se na pilha de travesseiros.
- Vem cá. Eu faço cafuné.
- Um Caçador fazendo cafuné ? - Provoquei, sorrindo.
- Viu o que faço por você ? - Sorriu, expondo as covinhas.
- Então vou aproveitar. - E dei de ombros.
Fui até ele na cama, que esticou o braço para eu deitar. Deitei-me, mas ele não pareceu satisfeito. Puxou-me para mais perto. Deitei a cabeça em seu peito e Harry puxou meu braço para cima de sua cintura.
Podia ouvir o coração dele batendo um pouco mais rápido. Sabia que o meu estava mais acelerado que o dele. O clima ficou mais tenso, mas talvez só eu me sentisse assim. O peito de Harry subia e descia fortemente . Ele começou a brincar com meus dedos enquanto passava a mão pelos meus cabelos. Sua mão esbarrou em meu pescoço. Assim que as pontas dos dedos roçaram na pele desnuda, uma explosão de eletricidade invadiu-me, fazendo-me estremecer. 
Está com frio ? - Ele perguntou.
Eu não sabia se ele perguntou só por obrigação ou se realmente se importava. Mas qualquer que fosse, não poderia dizer a verdade.
- Não, estou bem.
Não poderia dizer que ele fazia aquilo comigo.
E foi sob sob o calor do corpo dele e sentindo seu perfume, que eu adormeci.

(...)


Uma lufada de ar gelado invadiu o quarto. O frio atingiu-me e acordei. Não estava mais sob o corpo quente de Harry. Nada mais esquentava-me, nem mexia em meus cabelos, ou brincava com meus dedos. Ele havia colocado um travesseiro sob minha cabeça e um cobertor preto estava até minha cintura. 
Lembrei-me de como dormi.
Guardei a imagem na mente para sempre. Sabia que era o máximo que conseguiria de Harry. Espremi o máximo o que estava começando a sentir por ele, já visualizando " Apenas amigos " na mente. Talvez, quanto mais eu pensasse nisso, começasse a acreditar.
Onde está Harry ? - O pensamento ecoou pela minha cabeça.
Virei-me na cama, para levantar e ouvi barulho de papel sendo amassado. Sentei e havia uma folha de papel dobrada ao lado do meu travesseiro.
Abri e li a mensagem de Harry:

" Desculpe sair sem avisar, tive que ir para uma missão. Chego à noite. Sei que passar o tempo comigo deve ser MUITO bom, mas também dê atenção á Mellissa. 
Ps: Espero que tenha sonhado comigo. - H. "

Outra lufada de ar invadiu o quarto. Indo até a janela, percebi que ela estava um pouco aberta. Atrás das cabanas, o sol já estava se pondo. O tom alaranjado do pôr-do-sol cobria o acampamento, o calor dando lugar ao frio da noite.
Dormi demais.
Peguei uma roupa e uma toalha e fui tomar banho para sair.
... 

- Você dorme à tarde e agora fica me enchendo o saco ! - Reclamou Mellissa.
Sentei na cama, ao lado dela.
- Você sabe que eu não dormi bem à noite, por isso tive que tirar um cochilo à tarde. Não é minha culpa se estou sem sono.
Mellissa cobriu até a cabeça com o lençol e virou de costas para mim.
- Agora é minha vez de dormir. - Grunhiu.
- Como minha melhor amiga, é sua obrigação ficar acordada e me fazer companhia !
- Fica esperando. - Ela disse, o som sendo abafado pelo lençol.
...

- Isso é crueldade ! - Grunhiu Mellissa.
Havia conseguido tirar Mel do quarto com o argumento de que já tinha ficado várias vezes acordada ouvindo ela tagarelar. Levei-a para andar na trilha, mas ela ainda estava com cara de sono. Havia olheiras sob seus olhos e ela tropeçava e cambaleava. Mas a carranca era evidente em seu rosto.
- Deixa de ser chata e aproveita.
Ela soltou um suspiro de irritação e ficou um tempo em silêncio.
- Entendo porquê você gosta tanto daqui. - Finalmente se pronunciou - Eu mesma adorei.
Uma brisa gelada tomava o acampamento. Não havia luzes acesas na trilha ou tochas. Somente a luz da lua banhava a trilha, formando sombras nas extremidades. O farfalhar das folhas secas ecoava no silêncio da noite quando pisávamos nelas. As pessoas já saiam da floresta e da outra trilha que levava para as Alas de Treinamento e voltavam para suas cabanas. Eu adorava o cheiro de terra, flores e folhas.
- Também adoro esse lugar.
Ou quem mora nele.
Quando meus pensamentos começaram a flutuar para Harry, forcei-me a pensar em outra coisa.
- O Sr. Olhar Sexy está vindo em nossa direção. - Ela disse, em tom malicioso.
Estava tão imersa em meus pensamentos que não ouvi Cam se aproximando por trás.
- Oi, Alice. - Sussurrou em meu ouvido.
Ele contornou-me, ficando em meu campo de visão.
- Oi. 
- Estava pensando se você não gostaria de dar uma volta ?
Abri a boca para negar, mas Mellissa foi mais rápida.
- Ótimo. Assim eu posso ir dormir. - Disse rapidamente e correu pela trilha até a cabana.
Agora seria grosseria dizer " Não ".

(...)

Cam abriu a grade de isolamento que cercava a Área de Treinamento, no meio da floresta, e ajudou-me a entrar. O local estava fechado, não havia nem um funcionário dentro. 
Ele passou o braço em torno dos meus ombros e guiou-me. 
Chegamos em uma área livre. Só havia algumas maletas prateadas em cima de uma mesa. Mais à frente, alguns manequins feitos de espuma com alvos pintados no peito. 
- Achei que seria legal você conhecer esse lado. - Ele disse, sorrindo, enquanto abria uma das maletas.
- Eu gostei. - Respondi, olhando em volta.
Por ser à noite e o horário de treinos já ter acabado, todas as luzes estavam desligadas. O local estava escuro e nem a luz da lua ajudava, dificultando ver o que havia em volta. Isso não pareceu incomodar Cam, pelo contrário, ele parecia gostar da escuridão do local e eu não sei se me sinto à vontade com isso.
Ele indicou com um aceno de cabeça para eu me aproximar. Abriu uma das maletas. Dentro havia duas pistolas, uma Colt 45 moderna e uma Glock .40, envoltas por uma espuma cinza.
Devemos ter passado, pelo menos, duas horas na Área de Treinamento. Cam atirou algumas vezes para me mostrar como era e depois deixou eu tentar. Não havia me saído tão mal. Meu tio havia ensinado-me. Acertei nas costelas, o lado direito do peito, na coxa, e no ombro esquerdo. O tempo que passei com Cam foi legal. Várias vezes ele deu investidas e aproximou-se, mas eu me esquivava de todas, afastando-me e começando outro assunto. Ele tentava quebrar minhas barreiras, mas eu não o via diferente de um amigo
Fiquei de frente para o alvo e apontei a Colt 45.
- Lembre-se do que lhe falei. - Cam disse.
Ele ficou atrás de mim. Seus braços ficaram sobre os meus, segurando a arma na linha do nariz. Ele parecia não querer deixar nem um pouco de ar entre nós. Seu peito não poderia estar mais colado nas minhas costas. Eu tentei me desgrudar um pouco, mas ele sempre voltava à mesma posição. E isso estava começando a me aborrecer.
Atirei.
Girei, ficando de frente para ele e entreguei a arma.
- Fico feliz que esteja comigo hoje à noite. - Disse Cam, um pouco mais baixo, enquanto acariciava minha bochecha.
- Cam, é melhor ...
Eu não consegui terminar de dizer. Ele tomou meu rosto com as mãos.

Narrador POV


Harry ficou atrás de um contêiner do armazém abandonado, enquanto tiros acertavam a parede e a borda do contêiner fazendo o barulho metálico ecoar pelo lugar. Ele recarregou a arma e esperou a melhor oportunidade. Ele viu a sombra de um dos homens. Ele estava se aproximando. Era a hora.
Um, dois, três passos...
Harry deu uma rasteira e o homem caiu para trás. Deu-lhe um soco no olho, só para ele ficar inconsciente. Segurou-o pelo colarinho e levantou-o,deixando-o na frente do corpo. Colocou o dedo sobre o dele no gatilho e atirou em outro que se aproximava, usando o corpo do inconsciente como escudo. Conseguiu derrubar mais dois do mesmo jeito. Pelas sua contas, já tinha abatido dez. Não faltava mais ninguém ... exceto o Chefão. 
Viu uma sombra mexer-se na extremidade do armazém. Pegou sua arma e correu até lá, fazendo o mínimo de barulho possível. Ficou atrás do carro que guardavam lá. Quando foi contorná-lo, atingiram-lhe com um bastão de beisebol no peito. Harry caiu para trás arfando. O Chefão ficou em pé na sua frente e apontou a arma para sua cabeça. Harry esqueceu da falta de ar e rolou para o lado, assim que o Chefão pressionou um pouco o gatilho, escapando por pouco do tiro. Emendou um chute no peito do Chefão, fazendo-o bater na parede e cair no chão desorientado. Segurou-o pelo colarinho e arrastou-o até o capô do carro. Segurou seus cabelos e bateu com sua cabeça no vidro. Uma, duas, três vezes ... O cara era resistente, ainda estava acordado. Harry não podia matá-lo, deveria entregá-lo vivo ao governo. Deu-lhe um soco no olho e ele desmaiou.
Harry respirou profundamente, aliviado. Jogou a arma no chão, já sem munição, e discou o número no telefone.
- Tudo limpo. O Chefe está desmaiado ao lado do carro.
- Bom trabalho, Soldado.
Desligou o celular e saiu do armazém. Entrou no carro e , pelo retrovisor, avistou os outros chegando para pegar a encomenda e limpar a bagunça.
Harry parou o carro no estacionamento de cascalho do Instituto. Ele estava indo para a cabana quando ouviu os semelhantes ecos de tiros da Área de Treinamento. Mas já passou da hora de fechar e poderia haver punições para quem quer que estivesse lá. Mas quem seria ?

Alice's POV


Ele se aproximou e tomou meu rosto nas mãos. Tentei ir para trás, mas só adiantou para ele prensar-me contra a mesa. Tentei empurrá-lo, mas ele passou o braço em torno da minha cintura, puxando-me para mais perto enquanto a outra foi para a minha nuca.
- Cam, não.
- Relaxe. - Murmurou em meu ouvido
Ele não teve tempo de ir em frente. Foi arrancado de cima de mim pelo colarinho e jogado no chão. Harry cerrava os punhos ao lado do corpo. Os ombros estavam tensos. A linha do maxilar rígida. Ele transbordava raiva.
- O que você pensa que está fazendo ? - Vociferou Cam, levantando-se.
- Eu, te impedindo de colocar a língua na garganta da Alice. - Respondeu com ironia - E agora, o que você pensa que está fazendo ? 
Os dois estavam cara a cara.
- Você não pode e também não deixa os outros ? - Disse Cam, entre os dentes. Harry ficou ainda mais tenso e bravo.
- Só por cima de mim.
Empurrou os ombros de Cam.
Postei-me na frente de Harry, evitando o pior e fazendo Cam recuar.
- Podem parar os dois ! E Cam, quando eu disser " não " é " não " - Disse, rispidamente e alto.
- Vamos. - Disse Harry em meu ouvido.
Ele passou o braço em torno dos meus ombros e colocou-me levemente para o lado. Agarrou a camisa e Cam e puxou-o para perto.
- Nunca mais chegue perto dela. - Disse Harry, entre dentes.
Soltou-o violentamente e pegou minha mão, levando em direção à cabana.
Ele ainda estava com o punho cerrado e os ombros tensos.
- Obrigada. - Disse, um pouco baixo e tentando aliviar a tensão.
- Você é minha missão. - Não sei se foi impressão minha ou não, mas achei que tinha um tom possessivo no " minha ".
- Ele é forte ... - Quando percebi, tinha pensado alto demais.
Quis engolir as palavras de volta na hora em que Harry parou abruptamente, virando-se para mim.
- Ele te forçou ? - Perguntou com intensidade, olhando-me nos olhos.
Sim. Não. Talvez. Quando neguei ele pressionou. Quando empurrei-o, ele pressionou mais ainda. Se eu disser que não, estaria mentindo, e odiaria fazer isso com Harry. Se eu disser que sim, os dois poderiam brigar feio.
Quando viu que hesitei, ele tomou como um " sim ".
- Vou voltar lá.
Começou a ir em direção da Área de Treinamento, mas eu segurei seu braço. Ele se virou para mim.
- Você não precisa voltar lá. Ele não vai mais voltar a fazer isso, e eu agradeço a você por isso. Vamos para a cabana, por favor. - Vi que ele estava hesitando e tentei uma última vez - Vamos voltar e eu te faço um cafuné. Ajuda a dormir. - E acrescentei um sorriso.
Ele passou a mão no rosto. Boa parte da tensão estava deixando-o. Olhou-me através dos dedos.
- Promete ?
- Prometo.
Retomamos a trilha para a cabana.
- Você é pequena, mas é brava. - Ele disse, sorrindo, e com um brilho de humor nos olhos.
Chegando no quarto, Harry tomou um banho e desabou na cama, só com a calça do moletom. Ele se apoiou no cotovelo para me olhar.
- Que eu me lembre, antes de você dormir à tarde, disse que se eu conseguisse cumprir a missão, vestiria-se de enfermeira e cuidaria de mim. - Ele ainda estava com o brilho de humor nos olhos.
- Tenho certeza de que não disse isso. Nem sabia que você tinha uma missão.
Puxou-me mais para perto, fazendo eu deitar minha cabeça em seu peito. Levou minha mão até seu cabelo e comecei a mexer no mesmo.
- Um dia você fará.

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Oi Amoras !
Só quero dizer que eu fiquei muito feliz com os comentários de vocês, eles são muito importantes para mim.  ><
Vaga para Adm
Espero que tenham gostado. Comentem, beijos :3

2 comentários:

  1. CONTINUAAAAAA HOJE MDS PK TAOOOOOO PERFEITAAAAAA

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  2. Ain continuaaaaaaa ta sua fic ta legal praaaaa crlhooooo ta parei kkkk bjoks :3

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